Cento e quarenta e cinco empresas estão respondendo judicialmente pelo abandono de cerca de 4,5 mil galões de resíduos tóxicos em três áreas de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. O Ministério Público Estadual relacionou as companhias em 41 ações civis públicas pedindo a reparação de danos ambientais. As ações pedem também a análise de água consumida na região, a remoção de famílias próximas às áreas e a construção de um hospital comunitário no município.
O lixo tóxico (metais pesados, borra de tinta e solventes) já foi retirado da área. O material foi abandonado pela Recobem Indústria e Comércio de Tintas e Vernizes, que reciclava materias tóxicos de várias empresas da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A Recobem faliu em 1995, e desde então, os galões com lixo tóxico ficaram a céu aberto.
O primeiro processo movido pelo Ministério Público data de 29 de dezembro de 2000, quando 15 empresas estavam relacionadas. Grandes empresas que atuam no mercado estão relacionadas como rés pelo Ministério Público. As ações pedem a cassação de certificados de qualidade como ISO 14000 e pagamento de multa de 2% do faturamento das empresas desde 1995.
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