O governador Beto Richa (PSDB) comentou, em entrevista coletiva em Londrina nesta quinta-feira (12), as críticas do Ministério Público (MP) ao sistema de rodízio dos policiais cedidos pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) ao Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O rodízio foi implantado em outubro. De lá para cá, dezenas de policiais experientes deixaram o Gaeco e voltaram a ocupar as suas funções de origem. O coordenador do Grupo de Atuação no Paraná, procurador de Justiça Leonir Batisti, alega que o sistema inviabiliza o trabalho do MP no estado. Richa pensa diferente. "Não podemos admitir que o Gaeco requisite os policiais sem um prévio estudo da Secretaria Estadual de Segurança, ainda mais por tempo indeterminado", argumentou.
Apesar disso, ele disse entender as alegações de Batisti. "O procurador fez a reclamação e estamos equacionando a situação. Vamos rever caso a caso", destacou.
O sistema de rodízio foi bancado pelo secretário estadual de Segurança, Cid Vasquez. Representantes do MP chegaram a pedir a saída dele da Sesp. Richa, no entanto, garantiu que vai mantê-lo em seu primeiro escalão. "Vai permanecer sim. É um bom secretário. A situação não é a ideal, mas já melhorou muito. Na região de Londrina, por exemplo, conseguimos reduzir o número de homicídios dolosos em 43%", ressaltou.