Em entrevista à um telejornal, o diretor regional da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, afirmou que a concessionária Ecovia possui respaldo judicial para reajustar as tarifas e irá fazê-lo a partir da meia-noite desta terça-feira. As outras concessionárias também estariam aguardando liminares que liberem o aumento.
Segundo Chiminazzo, a declaração feita pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER) de que o reajuste é "inoportuno" e as acusações de fraudes na contabilidades das concessionárias são infundadas. Como o rejuste previsto em contrato depende da autorizaqção do DER, a ABCR recorreu à Justiça para poder aumentar as tarifas.
Por sua vez, o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, afirmou que o Estado e o DER não foram informados oficialmente sobre essas ações judiciais. Segundo Botto de Lacerda, as ações impetradas na 9ª Vara Criminal de Curitiba, pedindo a liberação dos reajustes, são inválidas. O responsável por essa decisão seria o juíz da Justiça Federal de Paranavaí, onde outros processos sobre o reajuste do pedágio já haviam corrido anteriormente.
O procurador afirmou que, com a obtenção do respaldo judicial, o governo acatará ao aumento das tarifas. Entretanto, caso a Justiça não defira o pedido das concessionárias e mesmo assim o pedágio sofra um aumento, será entendido que as empresas descumpriram o contrato e o governo deverá intervir nas praças.