O Ministério Público (MP) decretou a detenção, nesta quarta-feira (4), da responsável por uma Instituição de Longa Permanência de Idosos após a morte de um homem de 91 anos que vivia no local. O órgão investiga relatos de maus-tratos e agressões físicas que teriam culminado com uma queda do idoso, que fraturou um fêmur e acabou morrendo na semana passada.
O MP ainda ingressou com ação civil pública para que a instituição seja interditada liminarmente e depois fechada em definitivo, além de que a dona do lugar e sua filha, sócias na empresa, sejam proibidas de voltar a exercer qualquer tipo de atividade relacionada ao cuidado de pessoas idosas. As 12 pessoas que vivem na instituição devem ser encaminhados a suas famílias em até 48h, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (limitada a 60 dias).
Maus-tratos
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Desde 2018, órgãos de Maringá acompanham notícias de irregularidades relacionadas à ILPI, como falta de licenças e documentação, presença de funcionários não qualificados e problemas de ordens estrutural e sanitária, dentre outros. A dona do estabelecimento, de acordo com o MP, sempre apresentou às autoridades justificativas que davam a entender que havia uma preocupação com o cuidado dos internos e que as ilegalidades seriam corrigidas.
No entanto, no hospital para o qual foi encaminhado o idoso que quebrou o fêmur, além de ser observado que ele vinha sendo mantido em condições de higiene precárias, o homem relatou à família ter sofrido diversas violências físicas e psicológicas, sendo as agressoras as duas donas da entidade e uma funcionária. Além das suspeitas de abuso, há indícios de que ele e outros internos estariam sendo mantidos sedados com medicação, o que pode ter causado a queda do senhor.
O idoso destacou que desferiam socos contra ele, tendo, em determinada ocasião, o asfixiado, além de ter os cabelos cortados à força e serem constantemente dopados.