Neste domingo é o último dia em que as máquinas caça-níqueis de todo o Estado podem funcionar, de acordo com o decreto estadual 4.599. Porém novas liminares obtidas na Justiça por empresários aumentaram para 1,8 mil o número de máquinas que podem ser exploradas e não poderão se apreendidas em operação de fiscalização que começa na segunda-feira. Estima-se em 20 mil o número total de caça-níqueis em funcionamento no Paraná.
De acordo com o delegado da Coordenadoria de Operações Policiais Especiais (Cope), José Luiz Cartacho, responsável pela operação em Curitiba, cada caso será analisado isoladamente por causa das liminares. Ele não soube precisar o número de pessoas que estarão envolvidas no esquema de apreensão, que vai contar com pessoal da Receita Federal, Receita Estadual, Polícia Militar e Polícia Civil.
A Procuradoria Geral do Estado está tentando derrubar as liminares. O governo estadual baseou a decisão de proibir o uso dos caça-níqueis em laudos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que comprovaram que é possível fraudar as máquinas. Pesquisa feita pelo governo, entre os dias 17 e 20 de setembro, com 4.173 pessoas em 22 cidades do Paraná, mostra que 88% dos entrevistados são contra o jogo oferecidos pelos caça-níqueis.
Ao receber a fiscalização, o proprietário das máquinas terá prazo de 48 horas para apresentar à Delegacia de Ordem Social documentos de identificação das máquinas, notas fiscais e, se for o caso, cópia da petição judicial autorizando seu uso.