O doleiro Alberto Youssef deve ser interrogado às 10 horas de quarta-feira pelo juiz Sérgio Moro, da 2ª Vara Criminal Federal de Curitiba, especializada em casos de lavagem de dinheiro e crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. O advogado de Youssef, no entanto, vai tentar adiar o depoimento por uma semana.
Acusado de remessa ilegal de dinheiro para o exterior através das contas CC-5 (de não-residentes), Youssef foi preso no último domingo, quando visitava o túmulo da mãe no cemitério Parque das Oliveiras, em Londrina. Logo depois, ele foi encaminhado para Curitiba, onde está preso na sede da Polícia Federal.
Segundo uma emissora de TV, a Justiça Federal decretou também as prisões preventivas dos empresários Eroni MIguel Peres e Paulo Sérgio César Stinghen, sócios da Proserv Assessoria Empresarial.
Alberto Youssef é suspeito de ter aberto dezenas de contas-fantasma no Banestado e em outros bancos visando o envio de dinheiro para fora do país.
Youssef é também apontado como intermediário nos esquemas de corrupção nas prefeituras de Londrina e Maringá, nos anos de 1996 a 1999. Na mesma época, ele teria sonegado cerca de R$ 118 milhões em impostos por meio de sua empresa, a Youssef Câmbio e Turismo.
No ano passado, ele foi acusado de participar de uma fraude contra a Companhia Paranaense de Energia, que teria comprado créditos de ICMS irregulares de uma empresa que estava falida.
Com auxílio do doleiro, a quantia de R$ 40 milhões teria sido depositada em contas-fantasma e de empresas do Rio de Janeiro.