O diretor de Operação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Carlos Ribeiro afirma que o grande entrave para a expansão de geração de energia das usinas hidrelétricas é a questão ambiental. Para ele, há uma "indústria de embargos" promovida por ecologistas e governantes municipais que atrasam a construção de usinas.
Ribeiro esteve em Curitiba para participar do seminário "Oportunidades e Negócios em Hidrelétricas", organizado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). Ele disse que os investidores ficam temerosos quando o assunto é a instalação de hidrelétricas porque normalmente as obras são atrasadas por entraves jurídicos.
"Mesmo com a permissão ambiental para a instalação há uma série de embargos que provocam incerteza com o que vai acontecer, é uma verdadeira indústria de embargos. A obra começa e não se sabe quando vai acabar", criticou.
A falta de uma tributação específica sobre o setor e a dificuldade de captação de recursos são outros pontos que Ribeiro apontou que dificultam os investimentos na construção de usinas. Porém ele ressaltou que é preciso construir termelétricas. "Hidrelétricas são a vocação natural do Brasil, mas não podemos ficar dependendo de condições climáticas para termos energia", avaliou.
Leia mais em reportagem de Rosana Félix, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado