Paraná

Dinheiro de mais gente "sumiu" do Banestado/Itaú

19 jun 2001 às 19:16

Mais de dez denúncias foram feitas à Delegacia de Estelionato de Curitiba sobre o desvio de dinheiro de correntistas do Banestado/Itaú, totalizando cerca de 40 casos desde o início da semana. A polícia ainda não apurou as causas do desfalque dos clientes do banco, que ocorreu durante o feriado e o fim de semana passado. A diretoria do banco negou qualquer possibilidade de invasão no sistema.

O diretor de Relações Institucionais do banco, Aldous Galletti, foi enfático ao afirmar que não ocorreram fraudes no sistema do Banestado/Itaú. "Os sistemas não foram acessados por nenhum hacker", assegurou.


Segundo Galletti, a instituição vai trabalhar junto com a polícia para tentar rastrear a movimentação financeira dos correntistas prejudicados. Ele também disse que o número de pessoas que perceberam a movimentação de dinheiro foi pequeno.


Na avaliação de Galletti, o que ocorreu foi que alguém estava de posse da senha e outros dados dos correntistas do Banestado e aproveitou o feriado para sacar dinheiro em caixas eletrônicos ou fazer transferências através da Internet. "É o que presumimos que aconteceu", afirmou. Ele também disse que medidas internas são constantemente tomadas, o que evitaria fraudes por parte de funcionários. "Os fatos vieram à tona apenas segunda-feira, então ainda não sabemos o que ocorreu."


Os correntistas do Banestado/Itaú que tiveram dinheiro desviado das suas contas vão ser ressarcidos, informou Galletti. Ele disse que os clientes prejudicados já estão sendo atendidos. "Vamos analisar caso por caso", acrescentou.

Segundo o delegado adjunto de Estelionato, Claudimar Lúcio Lugli, a possibilidade mais provável do desvio do dinheiro dos correntistas é de acesso ao sistema. "O banco alega que houve clonagem de cartões, mas foram muitos casos em pouco tempo, e por isso insistimos na hipótese de invasão ao sistema", afirmou. A maioria dos desfalques foi de grandes valores, atingindo até cerca de R$ 24 mil de um único cliente. O delegado estima que, na média, foram retiradas das contas de cada um dos correntistas entre R$ 5 mil a R$ 6 mil.


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