Cada centro de distribuição dos Correios no Paraná teria uma defasagem de pelo menos dois carteiros. A estimativa é do Sintcom, sindicato que representa os trabalhadores do setor no Estado. O resultado é sobrecarga para os carteiros que estão nas ruas. O problema, segundo o sindicato, fere a cláusula 17 do acordo coletivo de trabalho da categoria, que prevê a reposição de pessoal para garantir a manutenção do efetivo necessário para a prestação dos serviços postais.
O descumprimento da convenção é uma das denúncias que o Sintcom faz no Dia do Carteiro, comemorado nesta quinta-feira (25), data da criação do cargo de Correio-Mor do Brasil, em 1663.
A jornada de trabalho de um carteiro é de 8 horas. Pelo menos metade desse tempo deveria ser destinada à triagem de correspondência e a outra parte, à entrega. Segundo o secretário-geral do Sintcom, Nilson Rodrigues dos Santos, a defasagem de pessoal tem mantido os carteiros nas ruas por mais tempo do que o ideal.
Outro problema apontado por Nilson é o salário dos carteiros, que seria um dos menores entre os servidores públicos federais.
Por esas razões, dirigentes do Sintcom estiveram em frente à sede dos Correios no Paraná, no bairro Rebouças, em Curitiba, para coletar assinaturas para um documento que pede o fim das chamadas "dobras" na carga horária dos carteiros. O abaixo-assinado será entregue ao Ministério Público do Trabalho junto com uma denúncia de descumprimento do acordo coletivo.