Jovem Dionísio
Um grupo de famílias de desempregados invadiu uma área de aproximadamente dois alqueires às margens na BR-277 próximo à Avenida Rui Barbosa, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. A invasão começou com 30 famílias na noite de sexta-feira e hoje já contava com 700 a 800 famílias interessadas, disse Valmeci da Silva, um dos líderes do movimento.
Os líderes estavam fazendo a divisão dos lotes, que deverá ter cerca de 12 x 35 metros cada um. As famílias invasoras já estavam montando barracos de lona onde ficarão acampadas até começarem a construir.
Nenhum proprietário reivindicou a posse do local. A Folha apurou que a área seria um litígio entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Prefeitura de São José dos Pinhais. Em 2000, a prefeitura teria aprovado um loteamento no local, que posteriormente foi embargado pelo Ibama, porque a área seria de preservação ambiental.
De acordo com o líder Valmeci da Silva, a área ocupada não é de preservação e a prefeitura chegou a aprovar cerca de 10 a 12 escrituras para famílias que já estão morando no local desde 2000. ''Essas casas têm luz elétrica e água, portanto a área não é de preservação'', afirmou.
Valmeci da Silva disse que não é ligado a entidades ou movimento de famílias de sem-teto. Disse que organizou a ocupação porque não aguentava mais o desespero das famílias da vizinhança sem poder pagar aluguel. ''As pessoas estão desempregadas, não conseguem nem dinheiro para comer, quanto mais para pagar aluguel'', contou. Segundo ele, uma casa com três peças nas imediações não sai por menos de R$ 250 e muitas famílias não podem pagar.
As famílias já planejam abrir valetas laterais na área invadida para escoar a água e deixar o local seco para construir. Valmeci disse que será constituída uma associação de moradores e eles vão deixar tudo limpo e planejado. ''Aqui vai ser um local para as famílias viverem com dignidade, não vai ser uma favela e ninguém vai vender terreno aqui'', avisou. ''Aqui só tem família bem intencionada e todos vão se orgulhar da gente.''
A desempregada Laura Castelan, 37 anos, ocupou o local com sua família de três adultos e quatro crianças. Disse que no sábado passou por perto e ficou sabendo da invasão. Como já havia recebido o aviso de despejo da casa onde morava, se juntou às famílias. Ela pagava R$ 150 de aluguel numa cada de três peças, mas disse que ficou sem condições de pagar. Ela é diarista desempregada e o marido vive de fazer bicos.
O secretário da Habitação de São José dos Pinhais, Damasio Brito disse que a área não pode ser ocupada porque é local de preservação ambiental e totalmente alagada. ''Não dá para construir'', salientou. Ele disse que ontem mesmo já estava comunicando o fato ao Ministério Público para apuração das responsabilidades. Brito confirmou que a área não tem proprietário reivindicando a posse.
Os líderes estavam fazendo a divisão dos lotes, que deverá ter cerca de 12 x 35 metros cada um. As famílias invasoras já estavam montando barracos de lona onde ficarão acampadas até começarem a construir.
Nenhum proprietário reivindicou a posse do local. A Folha apurou que a área seria um litígio entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Prefeitura de São José dos Pinhais. Em 2000, a prefeitura teria aprovado um loteamento no local, que posteriormente foi embargado pelo Ibama, porque a área seria de preservação ambiental.
De acordo com o líder Valmeci da Silva, a área ocupada não é de preservação e a prefeitura chegou a aprovar cerca de 10 a 12 escrituras para famílias que já estão morando no local desde 2000. ''Essas casas têm luz elétrica e água, portanto a área não é de preservação'', afirmou.
Valmeci da Silva disse que não é ligado a entidades ou movimento de famílias de sem-teto. Disse que organizou a ocupação porque não aguentava mais o desespero das famílias da vizinhança sem poder pagar aluguel. ''As pessoas estão desempregadas, não conseguem nem dinheiro para comer, quanto mais para pagar aluguel'', contou. Segundo ele, uma casa com três peças nas imediações não sai por menos de R$ 250 e muitas famílias não podem pagar.
As famílias já planejam abrir valetas laterais na área invadida para escoar a água e deixar o local seco para construir. Valmeci disse que será constituída uma associação de moradores e eles vão deixar tudo limpo e planejado. ''Aqui vai ser um local para as famílias viverem com dignidade, não vai ser uma favela e ninguém vai vender terreno aqui'', avisou. ''Aqui só tem família bem intencionada e todos vão se orgulhar da gente.''
A desempregada Laura Castelan, 37 anos, ocupou o local com sua família de três adultos e quatro crianças. Disse que no sábado passou por perto e ficou sabendo da invasão. Como já havia recebido o aviso de despejo da casa onde morava, se juntou às famílias. Ela pagava R$ 150 de aluguel numa cada de três peças, mas disse que ficou sem condições de pagar. Ela é diarista desempregada e o marido vive de fazer bicos.
O secretário da Habitação de São José dos Pinhais, Damasio Brito disse que a área não pode ser ocupada porque é local de preservação ambiental e totalmente alagada. ''Não dá para construir'', salientou. Ele disse que ontem mesmo já estava comunicando o fato ao Ministério Público para apuração das responsabilidades. Brito confirmou que a área não tem proprietário reivindicando a posse.