O efetivo da Polícia Militar deslocado para garantir a segurança do depoimento do ex-presidente Lula nesta quarta-feira (10) é maior do que o utilizado durante os jogos da Copa do Mundo disputados em Curitiba e também no cerco à Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, em abril de 2015, depois de ocupação de professores contrários a alterações no Paraná Previdência.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), 1,7 mil policiais militares atuam em toda a cidade de Curitiba nesta quarta. Durante a Copa, o número divulgado na época era de cerca de mil policiais. O mesmo efetivo foi o anunciado no cerco à AL.
Ao todo, 3 mil agentes de segurança pública estão atuando na capital paranaense, das esferas municipal, estadual e federal, de acordo com a secretaria.
Um total de 128 ônibus chegou à cidade, com cerca de 6 mil pessoas que participam de atos políticos. Os números foram divulgados pela Sesp. A Frente Brasil Popular diz que mais de 60 mil pessoas estão na praça Santos Andrade
Durante coletiva de imprensa nesta terça, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, evitou dizer que a audiência de Lula seria a maior operação em termos de mobilização da força policial em Curitiba. Ele afirmou que o evento estava sendo tratado como o "mais importante" pela pasta.
A operação foi batizada de "Civitas", em alusão à tentativa de garantir manifestações pacíficas entre os diferentes grupos que vieram à Curitiba -- tanto de apoio a Lula quanto de apoio à Lava Jato.
No momento, o policiamento se concentra em frente ao prédio da Justiça Federal, onde acontece a audiência. Apenas moradores e jornalistas cadastrados podem entrar no perímetro de 150 metros no entorno do prédio.
Também há policiamento nos locais destacados para o protesto de grupos favoráveis a Lula, na Praça Santos Andrade, no Centro, e à Lava Jato, no Museu Oscar Niemeyer, no bairro Centro Cívico.