O Paraná já tem 884 casos de dengue confirmados deste o início do ano, dos quais 571 são autóctones - adquiridos nos municípios paranaenses de origem dos contaminados - e 293 importados, cuja contaminação aconteceu em outros estados. Só da última semana são 197 novos registros da doença. Desse total, 168 são autóctones (96 confirmados em Foz do Iguaçu) e 29 importados.
Os números foram divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Estado da Saúde.
Foz do Iguaçu registrou aumento de 109% no número de casos autóctones na última semana. De 88 notificações autóctones, o número saltou para 184. Já o registro de casos importados ficou praticamente estagnado no município na última semana. Aumentou de 13 para 14 confirmações.
O crescimento exorbitante dos casos autóctones em Foz do Iguaçu está preocupando a Secretaria da Saúde e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa). O diretor do Centro de Saúde Ambiental da secretaria, Antônio Carlos Setti, e técnicos da Funasa estão no município desde segunda-feira por conta da proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, na região de Foz.
''Estamos intensificando as ações de combate ao mosquito e aos criadouros dele. Disponibilizamos mais agentes de campo e veículos com fumacê que jogarão mais inseticidas nos bairros onde há maior infestação, como o Parque Residencial Morumbi.'' O índice de infestação predial em Foz é de 5%.
Nesta quarta-feira, quem desembarca em Foz é o secretário de Estado de Saúde Luiz Carlos Sobânia. Ele quer acompanhar de perto as ações de combate à doença.
Na última semana, o número de casos autóctones cresceu 41,6% em todo o Estado. Na terça-feira passada eram 403 registros. A dengue já atinge 101 das 399 cidades do Paraná.
Maringá está em segundo lugar no ranking de casos autóctones da dengue. Tem 12 novos casos, totalizando 49 ocorrências e nenhum novo registro importado. No total, são 66 casos (dos quais 17 são importados).
Esta semana Londrina saltou para a terceira posição no ranking de casos autóctones, já que o número de registros cresceu 133%. Aumentou de 12 para 28 casos. Já os importados subiram de 16 para 19. No final de semana, Setti e Sobânia se deslocam para Londrina, onde também prometem tomar providências.
Conforme Setti, até o final de abril o Paraná enfrentará o estado mais crítico do ano em função do calor e das chuvas, que propiciam a proliferação do Aedes aegypti.