Paraná

Demolição de igreja divide Nova Cantu

04 ago 2001 às 12:34

A idéia de se construir um novo templo para a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Nova Cantu (130 km ao sul de Campo Mourão), está dividindo os 9 mil moradores do município. O problema é a demolição da igreja atual, construída em 1962. Trata-se do único templo católico em madeira ainda existente na região.

O padre João Batista, 36, que está há apenas um ano e meio em Nova Cantu, é um dos maiores defensores da demolição. ''Nossa igreja está apodrecendo'', diz. Ele conta que as imagens de santos do altar balançam quando o sino é tocado, apesar da torre estar do outro lado da paróquia. ''Eu não bato este sino nem pagando'', ressalta o padre.

Nas ruas de Nova Cantu não é difícil encontrar moradores contra a demolição. ''Nossa igreja é uma obra de arte'', diz o advogado Divonsir Graf, 63. ''Não existe uma coluna de sustentação em seu interior''. O agrônomo Hilário João Parisotto, 44, defende a restauração da paróquia. ''Poderia-se buscar dinheiro até com alguma fundação'', explica.

A polêmica já chegou ao prefeito Airton Agnolin (PDT). ''Sou favorável à demolição, mas acho que poderíamos discutir melhor o assunto'', disse. Agnolin também fala em plebiscito. ''É a forma mais democrática''. Já o pioneiro Rosendo Lopes, 65, abomina a idéia da demolição da igreja. ''Nem o bingo eu comprei para não ajudar na construção da igreja nova'', destacou.

Leia mais em reportagem de Sid Sauer, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste domingo


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