Em nota publicada nos meios oficiais nesta quarta-feira (19), o Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Sidepol-PR) decidiu apoiar a greve iniciada na última segunda-feira (17) pela Polícia Civil em todo o Paraná. O movimento interrompeu o serviço rotineiro da categoria, como o registro de boletins de ocorrências. Apenas casos mais graves, como flagrantes, homicídios e desaparecimentos, continuam sendo atendidos.
A paralisação se dá pelo projeto de lei apresentado pelo governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa que inviabiliza a reposição inflacionária do funcionalismo público. O documento assinado pelo presidente do Sidepol, Cláudio Marques, ressalta que "há décadas a categoria vem colaborando na custódia de presos em delegacias. Nossos servidores pagam um preço de sangue cumprindo com uma missão que não é da Polícia Judiciária".
O representante ainda contestou a versão apresentado por alguns integrantes do governo, afirmando que "desde o ano de 2013 os delegados lutam para transformar as delegacias em verdadeiros centros de promoção da cidadania, com a eliminação completa das carceragens ilegais".
A adesão ao movimento, porém, ainda depende da definição de uma assembleia que será realizada na semana que vem. "Demonstramos o nosso apoio à categoria, mas é preciso aguardar o resultado do encontro", comentou o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol-PR), João Ricardos Kepes