Há dois anos, Wagner de Jesus Baptista, 53 anos, deficiente físico, tentou comprar um carro com isenção de impostos (IPI e ICMS), conforme prevê a legislação nestes casos. Em vez de sair motorizado, foi informado que não poderia adquirir o veículo porque constava na Receita Federal que sua empresa, a W.J. Baptista Componentes Eletrônicos, estava devendo impostos para a União e Estado.
Baptista, na verdade, foi usado como ‘laranja’ na abertura de três firmas no Paraná, todas registradas na Junta Comercial do Estado, onde constam seus dados, cópias de documentos e assinaturas falsas como sócio das empresas. Só na W.J., aberta em 1994 em Rolândia (25 quilômetros a oeste de Londrina), ele apurou que uma das dívidas chegava a R$ 70 mil.
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