Curitiba está entre as 191 cidades brasileiras e 13 do Paraná que participam da primeira Pesquisa Mundial de Saúde da OMS (Organização Mundial da Saúde) para conhecer e avaliar o desempenho do sistema de saúde dos países e as condições das populações.
A pesquisa está sendo simultaneamente aplicada em 60 países e utiliza a metodologia desenvolvida pela OMS. No Brasil, está sendo executada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão do Ministério da Saúde.
No Paraná, a pesquisa começou há uma semana. A coordenadora estadual, a médica pediatra Karim Luhm, diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, diz que um levantamento como este pode ajudar o país a fazer uma avaliação mais clara da realidade da saúde no país baseando-se em uma metodologia comparável a outros países.
Além de informações sobre as condições socioeconômicas e demográficas de cada domicílio sorteado, são levantados elementos sobre o estado de saúde, fatores de risco - fumo, álcool, atividade física, nutrição e fatores ambientais -, o diagnóstico e tratamento de problemas crônicos - artrite, dor lombar, angina (ameaça de infarto), asma, depressão, esquizofrenia, tuberculose e diabetes - assistência pré-natal, saúde infantil, as respostas do sistema de saúde e os gastos das famílias com saúde.
A escolha dos municípios, domicílios e das pessoas que participam é feita por sorteio, de acordo com as regras definidas pela própria OMS. As famílias sorteadas não são comunicadas antecipadamente. Caso a entrevista não possa ser feita no momento em que os entrevistados chegarem à casa, a entrevista pode ser remarcada para o dia seguinte. Em Curitiba, a pesquisa será feita com a participação de 100 domicílios. Nas outras 12 cidades do Estado, 20 domicílios. Nesta fase a pesquisa também procura identificar a opinião do entrevistado sobre alcoolismo, diabetes, angina, depressão, esquizofrenia, tuberculose e fatores de risco. Todas as informações são confidenciais e serão usadas apenas para fins estatísticos.
O levantamento dos dados do Paraná deve ser concluído até março, e os resultados em todo o país deverão ser divulgados até o final do ano. Os dados serão repassados ao Ministério da Saúde e encaminhados também à Organização Mundial de Saúde.