Paraná

Curitiba terá campanha contra atropelamento infantil

13 set 2001 às 16:14

Curitiba registrou, no ano passado, 348 atropelamentos de crianças e adolescentes, com 17 vítimas fatais. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre crianças de 0 a 14 anos. Levantamento feito em 1999 mostrou que os atropelamentos ocupam o primeiro lugar no ranking de óbitos (18%), seguido dos acidentes envolvendo veículos (16%) e, por último, acidentes com ciclistas (1%).

Diante desses números, a Organização Não Governamental (ONG) Criança Segura decidiu desenvolver um trabalho de orientação junto aos alunos de cinco escolas municipais de Curitiba. Depois de mapear as ocorrências registradas pelo Siate , identificou-se que a maior parte dos atropelamentos tinham acontecido nas proximidades dessas instituições.


A primeira escola a participar do projeto foi o Centro de Educação Integral Maria Augusta Jouve, no Alto Boqueirão. Nesta quinta-feira, cerca de 50 voluntários junto com os alunos fizeram uma caminhada pelo trajeto normalmente usado pelas crinças, orientando sobre a forma mais segura de andar pelas ruas. Eles participaram ainda de palestras e jogos interativos.


De acordo com a coordenadora do Criança Segura em Curitiba, Alessandra Françoia, o local foi identificado como o de maior incidência, apesar de possuir sinalização horizontal e vertical e calçada nos dois lados da rua. Quatro crianças foram atropeladas na região da escola Maria Augusta Jouve, que fica na Rua Pastor Antonio Polito. Os acidentes aconteceram nessa rua, próximo dos cruzamentos com as ruas Marechal Floriano, Loanda, Tenente Coronel Vilagran Cabrita e Carlos de Laet.

Uma das razões do grande número de acidentes seria o excesso de velocidade nas proximidades da escola. Apesar do Código Brasileiro de Trânsito estabelecer um limite de 30 km/hora em área escolar, os motoristas trafegam na região, segundo levantamento da Diretoria de Trânsito (Diretran) de Curitiba, em velocidade igual ou superior a 57 km/hora. "Falta a imposição da lei", avalia Alessandra.


Continue lendo