Está acontecendo em Curitiba o III Simpósio Latino-americano de Identificação Humana, em Curitiba. O evento reúne técnicos e pesquisadores da área de identificação humana por exames de DNA de 13 países. A popularização do uso dos testes de DNA para definição de paternidade ou na área forense, como prova de crimes, torna necessário uma padronização de procedimentos entre laboratório públicos e privados de todos os países. Cerca de 200 pessoas participam do simpósio.
Em alguns países da Europa e nos Estados Unidos existem bancos de dados de DNA de criminosos disponíveis à polícia de todos os Estados. No Brasil ainda existem limitações legais para o uso do DNA contra criminosos. Apesar disso, o diretor do banco de dados de DNA do FBI (polícia federal americana), Barry Brown, está em Curitiba para oferecer o sistema usado nos Estados Unidos à polícia paranaense.
"Não haverá custos para o governo brasileiro, é preciso apenas que o governo envie uma solicitação à embaixada americana para receber o software que é usado nos Estados Unidos e em vários países europeus", explica Gabriela Saldanha, representante da Promega Corporation para a América Latina. A Promega fabrica os equipamentos para os testes de DNA e participa da organização do simpósio em Curitiba.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil cerca de 25% nos nascimentos tem suspeita de paternidade. Alguns Estados, como São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, já oferecem exames de DNA gratuitos para a população carente. No Paraná, está sendo construído um laboratório para fazer os exames gratuitos.
"Resolvemos organizar esse terceiro simpósio para Curitiba por estar próximo ao Mercosul e em função dos investimentos que o Estado vem fazendo na área de biotecnologia", explica Humberto Decerega Mendez, da Biobrás, que também está organizando o evento.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira