Paraná

Curitiba investe no controle de doenças da idade adulta

25 set 2001 às 10:55
O perfil da saúde em Curitiba mudou muito nos últimos 20 anos. Com o aumento da expectativa de vida, uma das maiores preocupações das autoridades de saúde pública passou a ser o controle de doenças da idade adulta, ou seja, as chamadas doenças crônico-degenerativas, como diabetes, hipertensão e mesmo as neoplasias (câncer).
Atualmente, 33% dos óbitos em Curitiba são causados por doenças do coração e circulação, significando as principais causas de mortes. Em segundo lugar vêm as neoplasias (tipos de câncer) e em terceiro as mortes violentas, ou seja, homicídios e vítimas de acidentes de trânsito.
A expectativa de vida média aumentou de 65 anos, em 1980, para 71 anos em 1996, de acordo com dados do último censo. As mudanças no estilo de vida são a principal razão para o crescimento das doenças relacionadas ao envelhecimento da população, segundo a médica Kátia Regina Luhm, diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde. "O estilo de vida é fundamental na determinação das doenças. Quem é sedentário, se alimenta mal e sofre de estresse tem mais chances de apresentar um problema de coração, assim como risco de diabetes tipo 2 é maior para o obeso", diz.
O resultado da vida agitada e competitiva é o crescimento dos transtornos mentais. Para tratar desses casos, no final de 1999 a prefeitura implantou duas unidades de pronto atendimento em postos de saúde 24 horas. Desde então, o Programa de Saúde Mental já atendeu 17,5 mil pessoas, com 40% de casos de alcoolismo, seguidos por psicoses diversas, incluindo depressão mais grave.
Um dado interessante refere-se à expectativa de vida. Os homens vivem em média 65 anos contra 75 anos para as mulheres. Essa diferença acontece por dois motivos: eles são mais suscetíveis a problemas precoces de coração, enquanto a mulher é protegida por hormônios femininos e normalmente só tem este problema depois da menopausa. Outro problema são as mortes violentas -terceira causa dos óbitos. Em 2000, morreram 685 homens vítimas de homicídio e acidentes de trânsito contra 103 mulheres, ou seja, uma relação de mais de seis por um.

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