Paraná

Crise na PM: Ponta Grossa adere hoje

18 jul 2001 às 11:27

As mulheres dos policiais militares que trabalham em Ponta Grossa prometem bloquear hoje a entrada e saída de veículos do quartel do 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e do 2º Grupamento de Bombeiros. Ontem elas estiveram reunidas com os comandos das duas organizações e concordaram deixar em circulação duas viaturas da PM, um caminhão de combate a incêndio e uma ambulância do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (Siate).

O movimento deve começar às 8 horas, no quartel da PM, e de lá as mulheres se dividem. Um grupo deve seguir para o Corpo de Bombeiros. As mulheres dizem que a manifestação só vai terminar quando o governo atender as reivindicações apresentadas por elas.


Os policiais de Ponta Grossa não foram punidos por causa das manifestações registradas em maio. Portanto, a principal reivindicação das mulheres é o pagamento da gratificação equivalente a 38% do salário. "Hoje existe muitos policiais endividado, devendo até para agiotas porque não conseguem sobreviver com o que ganham", diz uma das mulheres, que temendo retaliações prefere preservar seu nome. Segundo ela, a grande maioria dos policiais precisa fazer trabalhos extras para se manter. E nessas atividades, acabam ganhando mais do que como policial.


Uma das líderes do movimento em Ponta Grossa explica que elas são favoráveis à punição para os policiais de Curitiba porque, encapuzados, eles usaram armas e promoveram disparos no meio da manifestação. "Desse jeito o protesto vira bagunça, por isso somos favoráveis à punição dos policiais que tiveram essa atitude", afirma.

Na última manifestação da mulheres de PMs, em maio, o protesto em Ponta Grossa se restringiu ao 1º BPM. Na ocasião as mulheres acamparam em frente ao batalhão, mas não chegaram causar grandes transtornos para a circulação das viaturas. Agora, elas garantem que estão mais organizadas e que o protesto deve ser mais eficiente.


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