A falta de manutenção e o uso inadequado das marquises oferecem ameaça à segurança dos pedestres em Curitiba. A Secretaria Municipal de Urbanismo concluiu uma inspeção na área central na semana passada, sem constatar a existência de ameaças graves.
"A marquise é para proteger o pedestre, não podemos deixar que se transforme em uma ameaça. Queremos que o pessoal esteja atento para evitar problemas", disse Hermes Peyerl, engenheiro da Comissão de Segurança em Edificações (Cosedi).
Normalmente a dificuldade de acesso complica a manutenção das marquises. "Como todo elemento componente de um edifício, a marquise necessita de manutenção periódica, especialmente quando se projeta sobre áreas de passeios", informou Peyerl.
Outro problema comum é as pessoas depositarem materiais sobre a marquise. "Essa parte dos prédios, em geral, não está dimensionada estruturalmente para suportar cargas, já que não é essa a finalidade", disse o engenheiro. O depósito de sucata, lixo e até a fixação de placas publicitárias pode fazer as marquises desabarem.
O escoamento da água da chuva é disciplinado pelo Código de Obras e não pode ser feito sobre a calçada. "O descumprimento dessas disposições traz desconforto aos pedestres e é passível de autuação pela Prefeitura", afirmou ele.