Paraná

Copel identifica 10 mil casos de furto de energia de janeiro a agosto

19 set 2015 às 09:06

A Copel identificou cerca de 10 mil fraudes de energia no Paraná nos oito primeiros meses deste ano e recuperou R$ 7,5 milhões referentes à energia consumida de modo fraudulento. Empresas atendidas em alta tensão respondem por 10% do total desviado.

As iniciativas da Copel para coibir o furto de energia contribuíram para recuperar 27,7 milhões de kWh (quilowatts-hora) até agosto. O valor equivale ao consumo mensal da cidade de Arapongas, que possui 115 mil habitantes e um grande polo industrial.


Uma das ações realizadas desde janeiro foi a operação Quilowatt-Hora, deflagrada pela Polícia Civil em parceria com a Copel para identificar fraudes em empresas no Oeste do Estado. Somente a primeira etapa da operação indicou desvios superiores a R$ 1 milhão.


Eficiência


Para identificar as fraudes, a Copel investe em tecnologia e equipes especializadas. Com equipamentos que apontam fraudes ocultas em medidores ou que coíbem ligações clandestinas, a Companhia fez 36 mil inspeções em 2015, até agosto de 2015. Na prática, os técnicos encontram em média uma fraude a cada quatro inspeções.


"O crescimento no número de autuações por inspeção realizada se deve, principalmente, à preparação de nossas equipes e aos aparelhos e sistemas tecnológicos que nos ajudam a identificar as localidades com maior risco de haver fraude", explica o gerente de Perdas Não Técnicas da Copel, Eduardo Ditzel Neto. Não foi o número de fraudes que aumentou e sim a nossa eficiência em busca dos fraudadores?.


Nos casos mais complexos, entra em cena a equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil, responsável pelas operações de abordagem e apreensão de equipamentos utilizados no furto de energia. O furto se dá por meio de ligações fraudulentas feitas diretamente na rede elétrica e, principalmente, com a adulteração dos medidores para que registrem um consumo menor de energia.


"Encontramos casos de fraude em residências, comércios e indústrias. Furtar energia é crime, previsto no artigo 155 do Código Penal, e injusto com os demais consumidores, que pagam suas contas regularmente. É nossa responsabilidade coibi-la", ressalta Eduardo.


Acidentes fatais


Além de ser crime, o furto de energia sobrecarrega a rede elétrica, prejudicando o fornecimento de energia, e causa acidentes fatais. O risco de acidentes decorre da falta de padronização e de proteção adequada das ligações ilegais, que muitas vezes deixam os cabos de energia expostos.

As ligações clandestinas representam a segunda maior causa de mortes com eletricidade no Brasil, atrás apenas de acidentes fatais na construção e manutenção predial. A população também pode ajudar a combater as fraudes informando situações irregulares ou suspeitas pelo telefone 0800 51 00 116.


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