Continuam as negociações entre a polícia e a Secretaria Estadual de Justiça com os 21 presos rebelados na 7ª galeria da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), região metropolitana de Curitiba.
Viaturas da Rone e dos Bombeiros se encontram no pátio da penitenciária, e a situaç!ão no local, neste momento, é que relativa tranqüilidade. As negociações estão sendo conduzidas pelo Capitão Sampaio, assessorado por técnicos da Secretaria Estadual de Justiça.
Dois presos foram mortos na rebelião, iniciada por volta das 9h30 desta sexta-feira na PEP. Três agentes penitenciários são mantidos reféns pelos 21 presos rebelados. Água e luz no local já foram cortadas pela direção da cadeia.
De acordo com o secretário da Justiça, Aldo Parzianello, a rebelião começou na hora do banho de sol, quando os presos dominaram os policiais. Em seguida, eles mataram os detentos Aparecido dos Santos e Maikon Passos, "desafetos" dos rebelados.
O secretário não colocou em dúvida, em nenhum momento, a segurança do presídio máximo e afirmou que a rebelião é um fato isolado. Segundo Parzianello, a secretaria irá apurar em breve as responsabilidades pelo ocorrido e corrigir os erros de procedimento, para que esta situação não se repita.
As Normas de Gerenciamento de Crises em Presídios, assinadas pelo governador Roberto Requião, estão sendo postas em prática pela primeira vez.
A penitenciária, administrada por uma empresa terceirizada, foi inaugurada há três anos e possui um sofisticado esquema de segurança. As informações preliminares indicam que foram mortos os detentos . O Batalhão de Choque da PM está no local.
A PEP é uma penitenciária de segurança máxima, com capacidade para 543 presos condenados. É a maior unidade penal construída pelo Governo do Estado, em parceria com o Ministério da Justiça. Com 169 celas, tem 12,8 mil metros quadrados de área construída.