Fracassou a tentativa de acordo para por fim à greve dos professores da Faculdade Espírita, de Curitiba. Na reunião realizada nesta sexta-feira na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), a direção da instituição voltou a propor que os docentes voltem a trabalhar com o compromisso de regularizar os salários em até 20 dias após o reinício das aulas.
A paralisação começou no dia 10 de agosto. Cerca de 150 professores, descontentes com o atraso dos salários, aderiram ao movimento. O pagamento de junho foi feito esta semana, mas não abrangeu os professores da pós-graduação, conforme informou o vice-presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Superior em Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes), Valdyr Perrini. Os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), segundo ele, estão atrasados há quase dois anos.
A proposta dos professores era que o pagamento fosse feito até ontem e eles retornariam para as salas de aula na próxima segunda-feira. Como não houve acordo a greve deve continuar por tempo indeterminado. A continuidade da paralisação deve ser votada em assembléia da categoria na noite desta sexta-feira.
Perrini disse, ainda, que na segunda-feira irá ajuizar uma ação trabalhista pedindo a tutela antecipada e o depósito das mensalidades em juízo. A intenção é tentar assegurar que o dinheiro que entrar na faculdade seja destinado ao pagamento dos salários dos professores.
A Folha tentou ouvir a direção da Faculdade Espírita, mas ninguém atendeu as ligações na sede da instituição.