A greve dos caminhoneiros no Paraná perdeu um pouco de fôlego ontem, no terceiro dia de paralisação da categoria, mas já provocou um alerta na direção do Porto de Paranaguá. O movimento de caminhões no porto diminuiu 80% desde domingo. O fluxo normal é de 1,5 mil veículos, mas desde domingo apenas 300 estacionaram no pátio de triagem. O ritmo de embarque está normal porque os armazéns estavam cheios, mas o estoque deve acabar na sexta-feira, se a paralisação continuar.
Segundo o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Paraná (Sindicam), Diumar Bueno, a adesão é bastante satisfatória. Ele disse que 90% dos caminhoneiros autônomos estão participando do ''Paradão dos Caminhoneiros'' e que a adesão do setor como um todo no Estado é de 70%. ''Um movimento que tem 70% de participação espontânea é inédito, já que a paralisação se deu sem confronto, sem piquete, nem pressão'', afirmou Bueno. Os caminhoneiros estão sendo orientados a deixar os veículos em casa como forma de protesto.
O ''Paradão dos Caminhoneiro'', que teve adesão de cerca de 80% em todo o Brasil segundo os coordenadores, reivindica mais segurança nas estradas, redução do preço do óleo diesel, cumprimento do vale-pedágio e da lei que determina que multas por excesso de peso recaiam sobre o dono da carga e benefícios tributários para cooperativas renovarem a frota. Bueno disse que o movimento continua até uma negociação com o Ministério dos Transportes, que ainda não se pronunciou sobre a paralisação.
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