O engenheiro da Construtora Vasconcellos, Alexandre Vasconcellos, iniciou nesta terça-feira os trabalhos de vistoria técnica para avaliar as causas do desmoronamento do silo da Companhia Brasileira de Logística (CBL) que ocorreu na última segunda-feira em Paranaguá.
O resultado da perícia deve sair em 15 dias. A Defesa Civil deu prazo de uma semana para que a construtora apresente um laudo que assegure a estabilidade estrutural do silo da CBL que está quase com as obras finalizadas e fica a cinco metros do que desabou. Este segundo silo tem 45 metros de altura e capacidade para 20 mil toneladas.
No início da tarde, a Defesa Civil liberou a Avenida Portuária que estava com acesso para veículos impedido por conta dos escombros que cobriram a pista. A avenida é um dos acessos para o silo que desmoronou e para o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).
Apesar do problema que aconteceu com o silo da CBL, o TCP informou que não deixou de operar desde a última sexta-feira e que não sofreu prejuízos financeiros. ''Temos dois acessos, um na Avenida Portuária que foi interditada e outro secundário'', disse o diretor superintendente do TCP, Juarez Moraes e Silva. ''Acreditamos na Defesa Civil que está fazendo um trabalho exemplar'', afirmou. Segundo ele, somente a topografia vai indicar se o silo que está em construção também apresenta inclinação. ''Quando o silo desmoronou a sensação que tivemos foi de tremor, barulho e muita poeira'', contou.
O chefe da Defesa Civil no Litoral, Major Edemilson de Barros, disse que, apesar de a Avenida Portuária ter sido liberada para o tráfego de veículos, uma área menor onde há escombros do silo ainda estava interditada no final da tarde de ontem. A previsão é que a liberação total ocorra nesta quarta-feira. Ontem, o trânsito de veículos era lento no local e a passagem para caminhões e carros ocorria um de cada vez, nos dois sentidos da pista.
''Se há risco do segundo silo desabar, quem vai dizer isso é o engenheiro da construtora'', disse Barros. De acordo com ele, até agora, o silo em construção não apresentou fissuras. No momento, está sendo montada a estrutura do telhado da obra. A previsão da CBL era inaugurar este silo em dezembro deste ano.
Ele informou ainda que grande parte do milho que estava no silo que ruiu já foi recolhida com a utilização de aspiradores portáteis e até com remoção manual. Barros acredita que o silo ainda tenha 2 mil a 3 mil toneladas do produto. Não há previsão de prazo para a retirada total do milho.