O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, notificou, nesta quarta-feira (09), a prefeitura de Curitiba a indicar, em 15 dias, uma solução para o sistema de tratamento de efluentes do aterro da Caximba.
SEgundo informa a Agência Estadual de Notícias, foi comprovado o lançamento de chorume do aterro sanitário diretamente no Rio Iguaçu e em níveis que superam em 60 vezes os padrões estabelecidos pela legislação ambiental. A notificação inclui a possibilidade de multa diária em função da desconformidade ambiental.
Os laudos emitidos pela diretoria de Estudos e Padrões Ambientais do IAP (Depan) apontam comprometimento da qualidade da água do rio, principalmente nos níveis de toxicidade, medidos pelos efeitos em daphnias (pequenos crustáceos de água doce, que servem de alimento para peixes). Em água de rios, a legislação permite fator 1 de toxidade para esse organismo vivo, sendo que o resultado obtido pelo IAP foi de 64.
OXIGÊNIO
Outro parâmetro avaliado pelo IAP foi a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), usada para mensurar a quantidade de matéria orgânica presente em um efluente ou corpo hídrico. O parâmetro de DBO permitido pela legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é, no máximo, 5 miligramas por litro. Em um dos pontos monitorados, os níveis de DBO apresentaram índices de 56 miligramas por litro, dez vezes superior aos níveis permitidos.