O destino da aluna de 16 anos apreendida na segunda-feira (23) no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, com um revólver calibre 32 e vinte munições, ainda será definido pelo Conselho Escolar, que não tem data para se reunir, afirma o diretor, Paulo Henrique Dante. Na manhã desta terça-feira (24), policiais militares da patrulha escolar fizeram palestra para orientar os alunos sobre quais materiais devem ser levados para a escola e quais não devem.
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Segundo Paulo Henrique, o revólver foi encontrado com a garota nesta segunda após a direção da escola receber uma denúncia anônima. A patrulha escolar foi acionada e encontrou o armamento. À Polícia Civil, a garota disse que apenas queria mostrar o revólver para colegas. Ela não foi às aulas nesta terça.
Paulo Henrique diz que ainda não definiu se a adolescente deve sofrer alguma sanção, o que deve ser acertado somente depois de ouvir o Conselho Escolar. Ele também diz que está acompanhando a situação dela em relação à Justiça – segundo a Polícia Civil, um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC) por infração análoga ao crime de porte de armas seria confeccionado nesta terça. "A direção e a Justiça vão andar juntas neste caso", diz o diretor, que afirma que nunca houve uma situação semelhante no colégio, que tem 700 alunos do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental e da primeira à terceira série do Ensino Médio. "É um caso isolado", garante.
Na manhã desta terça, policiais militares discutiram com os alunos da escola estadual quais materiais não são adequados para levar à escola – todos os que não têm valor pedagógico. Os objetos vão desde os mais simples e inofensivos, como fones de ouvido, até, claro, armas. "Claro que o revólver, além de se enquadrar nisso, ainda tem um risco à vida. Mas o fone de ouvido, por exemplo, que virou uma febre, não tem valor pedagógico nenhum e prejudica o aprendizado", diz o diretor.