Paraná

Condutores fazem greve de fome em protesto contra empresa

06 mai 2003 às 08:09

Quatro trabalhadores da Empresa Pioneira de Transporte, uma das duas que exploram o transporte coletivo em Cascavel, estão em greve de fome desde o dia 29 de abril, por causa das más condições de trabalho e ''injustiças'' que estariam sendo cometidas contra os funcionários.

O protesto já recebeu o apoio de 22 sindicatos e entidades do município.


Os quatro funcionários estão acampados em frente à entrada da garagem da empresa e prometem ficar o tempo que for necessário.


Na noite desta segunda-feira, foi realizada uma assembléia para discutir os ''abusos'' relatados mas não havia tomado nenhuma definição até o fechamento da edição desta terça-feira da Folha de Londrina.


O cobrador Márcio Luiz de Souza, 29 anos, contou que ele e outros três funcionários aderiram à greve de fome porque foram colocados fora da escala de trabalho por tempo indeterminado e estão há 46 dias sem receber os salários.


A suspensão teria acontecido porque o grupo entrou com uma ação judicial pedindo o ressarcimento dos valores pagos por eles para cobrir atos de vandalismos, prejuízos com assaltos e gastos com reparos e reposição de peças.


''Nossas famílias estão vivendo da solidariedade alheia'', afirmou.


De acordo com Souza, a empresa teria descontado R$ 250,00 dos salários do motorista e do cobrador de uma linha que havia sido assaltada.


Além disso, segundo ele, a direção da Pioneira também teria suspenso o cobrador João Barros Flores por ter descolorido os cabelos.


A direção do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo de Cascavel (Sinttracovel) foi procurada ontem mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.

A Folha também procurou a direção da Empresa Pioneira. Por telefone, uma secretária informou que o gerente da empresa estaria viajando e não poderia conceder entrevista nesta segunda-feira.


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