''Bateu o martelo''
Foi condenado a 16 anos de prisão, Daniel Gomes Serápio, 23 anos, um dos quatro acusados pela morte do advogado criminalista Luiz Renato Crovador. O julgamento terminou às 5h30 da madrugada no 1º Tribunal do Juri, em Curitiba.
Serápio, que já estava preso no Centro de Triagem, foi encaminhado ao Cope (Centro de Operações Policiais Especiais) depois de uma fuga que ocorreu no Centro de Triagem, na qual ele teria se recusado a participar. O réu negou ter participado do crime, mas admitiu ter recebido R$ 1 mil para encobrir os assassinos.
O advogado criminalista Luiz Renato Crovador, 53 anos, foi assassinado em novembro de 1999, em Curitiba. Os assassinos foram identificados como Edson Zucco, 22, e Cleverson Firmino Miró, atualmente com 18 anos. Zucco foi condenado no último dia três de maio a 17 anos de prisão e Miró cumpre três anos de internamento.
Daniel Serápio era amigo do garoto de programa Milis Rogério dos Santos - suposto mentor do assassinato e amante de Vera Crovador, mulher do advogado. Serápio foi acusado de entregar a arma de fogo para os assassinos. O casal teria tramado para ficar com o seguro de vida do advogado, de R$ 600 mil.
O comerciante Setembrino Nórdio, acusado de ter indicado os assassinos foi absolvido. Milis está foragido e o julgamento de Vera Crovador ainda não foi marcado. Ela diz que foi obrigada a confessar o crime e acusa os empresários citados na CPI do Narcotráfico, Paulo Pacheco Mandelli e Joarez França Costa (o "Caboclinho"), que eram clientes de Crovador, como os mandantes do assassinato.