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Manifestação

Concursados da Defensoria Pública cobram que governo faça contratações

Rodrigo Batista - Redação Bonde
21 mar 2014 às 17:46

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Servidores concursados para cargos da Defensoria Pública do Paraná e que não foram chamados para ocupar as funções realizaram nesta sexta-feira (21) uma manifestação em Curitiba para cobrar do governo a nomeação dos concursados. Eles reclamam da demora no chamamento dos servidores e de que o prazo para a nomeação se esgota em novembro deste ano, dois anos depois da realização do concurso.

Cerca de 30 pessoas participaram do ato que começou na Boca Maldita, centro da cidade, e seguiu até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. No concurso realizado em novembro de 2012, 528 vagas de servidores de áreas como assessor jurídico, técnico-administrativos e psicólogos foram ofertadas. Porém, até agora, somente 52 servidores preencheram os cargos.

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Além de poucos que foram chamados, os concursados reclamam que alguns pedem exoneração por causa da falta de estrutura da Defensoria, excesso de trabalho e má remuneração.

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O funcionário Ítalo Marinot Santos Lyrio, que conseguiu a vaga para assessor jurídico, veio de Salvador (BA) para ocupar a vaga. Porém, ele reclama que a Defensoria demora para realizar o chamamento. "Não existe justificativa para retardar essas nomeações. Isso apenas frustra as expectativas de quem passou no concurso", diz. Ele mora em Curitiba há um ano e está a espera de ser chamado.

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Gastos com pessoal - o governo do Paraná diz que as nomeações são prioridade do Executivo, mas devem ocorrer somente quando o estado sair do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - o governo está acima de 46,55% com gastos do orçamento com funcionalismo. Somente após nova avaliação do Tribunal de Contas (TC) em abril o governo poderá avaliar a contratação dos servidores.


Os concursados, entretanto, contestam o uso deste argumento. Eles afirmam que a Defensoria Pública, que é um órgão com autonomia financeira e administrativa, poderia chamar os servidores sem depender do governo, conforme fala Mariana Rodrigues, concursada para o cargo de assessora jurídica. "A Defensoria não é uma secretaria ara o governo agir assim".

O Palácio Iguaçu, entretanto, explica que a situação da Defensoria é a análoga a das universidades estaduais, que, apesar de terem autonomia, dependem do aval financeiro e da contratação e pagamento de pessoal por parte do Poder Executivo. A assessoria de imprensa da Defensoria confirma que a contratação é uma ação conjunta entre o órgão e o Palácio Iguaçu.


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