A Coordenadoria de Estudos, Pesquisas e Relação de Trabalho, da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, apresentou nesta quarta-feira o relatório da análise comparativa do mercado de trabalho do primeiro trimestre de 2002 com o de 2003. O trabalho relaciona os dados do mercado com os setores de atividade econômica, escolaridade, faixa etária e gênero dos trabalhadores.
De acordo com o relatório, os setores que mais empregaram nesses três primeiros meses de 2003 foram o comércio, com 10,7% a mais que em 2002, e a indústria de transformação, que apresentou um crescimento de 14,9%.
Em 2002 foram admitidos 173.685 trabalhadores no primeiro trimestre do ano. Este ano, no mesmo período, 186.815 pessoas já foram admitidas, o que representa um crescimento de 7,6% nos índices de trabalhadores com carteira assinada.
O levantamento da Coordenadoria aponta ainda que a concentração dos trabalhadores recebendo de zero a três salários mínimos atingiu o índice de 90,6%, gerando um aumento de 1,6% em relação ao ano passado.
Para a coordenadora, Elza Maria Campo, isso reflete o efeito do alto índice de desemprego no mercado de trabalho.
Segundo ela, o contingente cada vez maior de trabalhadores desempregados exerce uma forte pressão sobre o mercado de trabalho. "Infelizmente, podemos constatar que as empresas estão demitindo o trabalhador que ganha um salário muito baixo e repondo essa vaga com mão-de-obra que ganha um salário pior ainda", lamentou a coordenadora.
O relatório mostra também que 8,69 jovens de 15 a 17 anos foram empregados em 2003, com um aumento de 13,3% em relação ao primeiro trimestre de 2002. Os trabalhadores com idade entre 50 e 64 anos contaram com 7.476 novas vagas, superando em 6,7% o número de contratados de 2002.