A retirada do navio "Norma", encalhado na baía de Paranaguá, no litoral paranaense, começou na madrugada desta segunda-feira. Na última quinta-feira, vazou da embarcação 392 mil litros de nafta –substância altamente explosiva utilizada em combustíveis e na indústria química. No começo da tarde deste domingo, a Capitania dos Portos havia aprovado o resgate e o bombeamento do produto químico, que ainda está nos tanques.
O resgate não havia começado antes porque a Marinha temia uma explosão dos 20 milhões de litros de outro combustível no interior do Norma. Mas no fim da noite deste domingo o plano de resgate foi liberado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). A preocupação da equipe de resgate é retirar todo o combustível no interior do tanque do navio - que também provoca sérios danos ambientais - antes do início do processo de recolhimento do Nafta da baía. A Capitania dos Portos teme um novo vazamento devido ao alto volume de combustível ainda presente no navio.
Segundo informações da Capitania dos Portos, o Porto de Paranaguá está aberto para o tráfego de apenas uma embarcação por vez. Treze navios estão atracados e outros 34 estão ao lado da entrada/saída do porto.
Cronologia do acidente
* No dia 18, quinta-feira, pela manhã, o navio "Norma", da Petrobras, bateu contra uma pedra próxima ao Canal da Galheta, em Paranaguá.
O acidente causou o vazamento de 392 mil litros de nafta – substância altamente explosiva utilizada em combustíveis e na indústria química.
O Porto de Paranaguá trabalhou sob o risco de explosão. O mergulhador Nereu Gouveia, 50 anos, morreu por causa do contato com o produto.
* Até o final da tarde de sexta-feira, as barreiras de contenção ainda estavam sendo colocadas em volta do navio. O navio permaneceu encalhado, mas estável.
A liberação do tráfego de navios no Porto de Paranaguá provocou um conflito entre a Defesa Civil e a Capitania dos Portos.
Enquanto a Defesa Civil afirmava que não havia riscos de explosão na área atingida pelo vazamento de nafta, a Capitania dos Portos insistia que não havia segurança suficiente para liberar a atividade.
* No sábado, chegaram dos Estados Unidos os equipamentos para auxiliar nos trabalhos de resgate do navio. A Petrobras elaborou um plano de salvatagem (resgate do navio e do produto). Cerca de 20 milhões de litros de nafta permanecem armazenadas no navio.
* Neste domingo, a Capitania dos Portos aprovou o projeto de salvatagem do "Norma". O tráfego no porto continuava suspenso.