Paraná

Combate à corrupção reduziria impostos, diz Fiep

08 mai 2013 às 17:30

A Tribuna Livre da Câmara Municipal de Curitiba recebeu, na sessão desta quarta-feira (8), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Luiz Campagnolo. Ele apresentou aos vereadores a campanha "A sombra do imposto", implantada pela entidade em 2010, e atrelou a diminuição da carga tributária brasileira ao combate à corrupção.

"O país tem um ralo chamado corrupção, que corrói a sociedade e está instalada em todos os segmentos", declarou Campagnolo. "Boa parte dos recursos arrecadados por meio dos tributos é desviada pela corrupção. Combater esse mal é uma das soluções para que tenhamos uma carga tributária mais justa", complementou.


O presidente da Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), destacou a responsabilidade dos vereadores enquanto representantes da população. Também falou sobre o novo momento deste Legislativo, que prima pela transparência e retomada da credibilidade. As boas-vindas ao presidente da Fiep foram dadas pelo primeiro vice-presidente do Legislativo, Tito Zeglin (PDT), em nome do autor do convite, Jorge Bernardi (PDT), em viagem oficial a Brasília. A segunda vice-presidente, Julieta Reis (DEM), fez a entrega a Campagnolo de diploma por votos de aplausos e congratulações à Fiep pela criação do Centro Cultural Sesi Heitor Stockler de França.


À Câmara de Curitiba, o presidente da Fiep sugeriu o incentivo e a promoção de atividades de conscientização nas escolas públicas e privadas, para que temas como a ética voltem às grades curriculares. Também alertou para a importância da postura dos vereadores. "Se o parlamentar tem boa conduta, é o melhor exemplo que pode dar".

Campagnolo apresentou exemplos de ações implantadas em outros países. Em Cingura, de acordo com ele, há um órgão federal com status de ministério para o combate à corrupção. Já na Malásia, conforme sua avaliação, "a honestidade está no seio da sociedade". "Aqui, acabamos sendo coniventes com algumas práticas. Nas instituições de ensino, na política, no comércio e nos demais segmentos", apontou. "Eu acredito, sou idealista. O Brasil tem jeito", completou. Além da revisão tributária, ele alertou para a necessidade da reforma política no Brasil. O combate à corrupção é mote da terceira cartilha elaborada pela campanha. Na primeira, o principal objetivo foi conscientizar a população sobre o impacto da carga tributária. Já a segunda teve como foco o direito de todos de cobrar a correta aplicação do dinheiro dos tributos, com a oferta de serviços públicos de qualidade.


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