O comandante da Polícia Militar do Paraná, coronel Gilberto Foltran, pediu explicações sobre as discussões ocorridas entre o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar de Londrina, tenente-coronel Robenson Máximo Fim e a repórter da Folha, Maranúbia Barbosa. Ele alegou que todo o trabalho profissional tem que ser respeitado e desautorizou qualquer proibição da entrada da jornalista no quartel da Polícia Militar de Londrina.
"Não existe qualquer proibição da presença dela ou qualquer outra pessoa de entrar no quartel. O quartel é público. Ainda mais no exercício de seu trabalho profissional de repórter", garantiu Foltran.
As discussões teriam ocorrido, de acordo com a jornalista, durante uma entrevista sobre as punições e prisões aplicadas contra policiais militares que teriam participado ativamente da manifestação e protesto de esposas ocorridos no mês passado.
O tenente-coronel teria se exaltado quando a repórter resolveu perguntar sobre as prisões. Ele teria perguntado se ela era mulher de algum policial militar preso e teria dito que manda prender e soltar quem ele quiser. As discussões foram acompanhadas pelo fotógrafo da Folha, Josué de Carvalho, pela soldado Angelita e pelo sub-comandante major Devaldir Amadei.
Em explicações ao comandante da PM, Máximo Fim foi mais brando. Disse apenas que ficou irritado com a insistência de perguntas relacionadas ao soldado Marton, considerado como um policial militar de conduta questionável e que estaria sendo mantido em Londrina por força de liminar. "Deve ter havido aí algum tipo de interpretação equivocada entre os dois. A mídia e a polícia militar vivem um jogo de gato e rato. Temos que contornar isto", considerou Foltran.
A Folha foi até o quartel da PM em Londrina para acompanhar a visita de um grupo de vereadores da Associação de Militares Eleitos e Suplentes do Paraná que foi interceder para que as punições fossem menos rigorosas. Na semana que vem, o grupo promete conversar com o comandante da Polícia Militar. Foltran reafirmou que todos os policiais que concretamente fizeram atos lesivos ao patrimônio público, ao exercício da função policial ou atacou o princípio da disciplina serão punidos.
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