O Paraná é o terceiro maior consumidor per capita de vinhos do Brasil. Segundo Pedro Corrêa de Oliveira, um dos maiores distribuidores da bebida no País, em 2003 o paranaense consumiu 2,75 litros de vinho enquanto o gaúcho que é o campeão nacional bebeu 3,82 litros. Comparado ao europeu, nosso consumo ainda é muito pequeno.
Na França, por exemplo, cada pessoa, bebe, em média 40 litros de vinho por ano. Mesmo assim, os comerciantes brasileiros não podem se queixar. A previsão é que, em 2004, as vendas sejam superiores ao ano anterior.
De acordo com Eduardo Rizzi Valença, dono de uma loja de vinhos, em Londrina, o ano já está melhor. Desde o início do mês, ele vendeu entre 10% e 15% mais em relação ao mesmo período de 2003 e a expectativa é que esse aquecimento nas vendas se mantenha até agosto. ''Hoje, o vinho é sinônimo de status, bom gosto e saúde.
Muitos médicos recomendam a ingestão de vinho para melhorar o funcionamento do coração e da circulação sanguínea'', acrescentou o empresário que oferece, principalmente, produtos importados. Em sua loja é possível encontrar garrafas que custam entre R$ 13,00 e R$ 2,6 mil.
No entanto, a maioria dos clientes prefere vinhos de boa qualidade comercializados até R$ 70,00. ''O câmbio e as taxas são os fatores que encarecem a mercadoria estrangeira'', explicou. A mesma estimativa de crescimento é compartilhada por Juarez Antonio Scopel, que comercializa vinhos no atacado e varejo em Curitiba.
Segundo José Luiz Fink, gerente comercial da rede Sonae, os vinhos respondem por 1% do faturamento total da empresa no Paraná. Este ano, a Sonae espera aumentar em 50% a venda do produto graças à chegada antecipada do inverno. O grupo Super Muffato também aposta alto neste inverno. A expectativa é vender 30% mais em relação ao ano passado em todo segmento de bebidas quentes.
De acordo com Everton Muffato, diretor do grupo, foram importadas bebidas de vários países da Europa, Chile e Argentina assim como uma seleta opção de vinhos nacionais. Na unidade do Carrefour, em Londrina, a previsão de aumento gira entre 20% e 22% e, para isso, a loja disponibilizará 11 rótulos de vinhos nacionais e 183 de importados.
Da Folha de Londrina