Aumento do calor nos últimos dias fez com que crescesseo número de salvamentos e afogamentos registrados pelo Corpo de Bombeiros. Nos últimos três dias, cinco pessoas morreram afogadas em Curitiba e Região Metropolitana. O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), registrou que este último fim de semana foi o mais quente do verão.
Com a morte de três menores por afogamento nas cavas de Piraquara e São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) os bombeiros fazem um alerta para o perigo de se nadar em locais sem segurança. Desde 1997, segundo estatística do 6º Grupamento de Bombeiros, 300 pessoas se afogaram nos municípios da região metropolitana e na Capital. Em 2000, foram registrados 69 casos, contra 65 em 99.
Com o forte calor registrado em Curitiba nos últimos dias, os locais preferidos dos banhistas são as represas do Passaúna e Vossoroca (Tijucas do Sul), os rios Ribeira (Adrianópolis) e Iguaçu (Curitiba) e as cavas do Iguaçu (São José dos Pinhais) e Boqueirão (Curitiba), justamente as que mais registram mortes nesse período.
Na opinião do tenente Luiz Carlos Cândido, as pessoas que nadam nessas áreas muitas vezes desconhecem os perigos. "As cavas são áreas alagadas de onde se retiram areia e, por causa da escavação das máquinas, a profundidade é imprevisível, além de esconder troncos e galhos de árvores que podem prender o nadador durante o mergulho e afogá-lo", disse o tenente.
Além dos perigos do terreno, há o risco de contaminação. "As pessoas se expõem aos diversos microorganismos existentes na água que provocam desde uma micose até a hepatite", disse Cândido.
Entre as recomendações dos bombeiros estão a obediência às placas que proíbem a natação nos lugares perigosos, não praticar saltos ou mergulhos em locais que não se conhece a profundidade, nunca nadar sozinho e evitar nadar após ingerir bebida alcoólica.
Leia mais em reportagem de Israel Reinstein, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira