O Porto de Paranaguá será o principal canal de escoamento da soja brasileira importada pela China. Foi o que informou nesta segunda-feira o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, ao avaliar a medida tomada na semana passada pelos chineses que recusaram um navio procedente do Porto de Rio Grande (RS) carregado com 55 mil toneladas de soja com alto teor de agrotóxicos.
"Questões como garantia de volume e de soja pura foram fundamentais na decisão tomada pela China", disse o superintendente, ao lembrar que no início do ano o porto recebeu uma comitiva de chineses que, sabedores da postura do Paraná contra os transgênicos, solicitaram a parceria.
"O governo do Estado dá a certeza que a soja que chegar a China terá qualidade, procedência e peso garantidos. O Porto de Paranaguá é hoje o mais seguro para exportações de grãos, já que analisa rigorosamente as cargas que são embarcadas não permitindo esse nível de contaminação".
Segundo a comitiva de empresários da China que estiveram em Paranaguá, a soja transgênica não é utilizada para consumo humano direto. "A soja tradicional, no entanto, além de ser fartamente utilizada pela indústria alimentícia, ainda é comercializada a um preço até 20% maior que a geneticamente modificada", disse Chao En Hung, representante dos empresários que formam a maior holding da China, responsável por 70% da produção de soja do país.
Informações da AEN