Paraná

Cataratas do Iguaçu entre as sete Maravilhas da Natureza

30 jul 2007 às 17:39

Depois da escolha do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, como uma das "Novas Sete Maravilhas do Mundo" construídas pelo homem, o Brasil concorre agora com as Cataratas do Iguaçu a uma das "Novas Sete Maravilhas da Natureza". A Secretaria Estadual de Turismo e a Paraná Turismo, além da Secretaria Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu apóiam a campanha para eleger as Cataratas e pedem a todos para votarem no concurso internacional criado pela fundação suíça New Seven Wonders.

"Já contatamos o Ministério do Turismo e a Embratur para que apóiem a campanha e colaborem para que as Cataratas do Iguaçu sejam uma das sete maravilhas naturais do planeta", informa o secretário de Turismo Celso de Souza Caron. Segundo ele, o Paraná só tem a ganhar com este tipo de promoção.


Para votar nas Cataratas do Iguaçu como uma das "Novas Sete Maravilhas da Natureza" siga as indicações abaixo:


1) Acesse o site: www.natural7wonders.com
2) Preencha os campos obrigatórios para e-mail e país
3) Preencha a primeira seqüência de lacunas como indicado abaixo, lembrando que não é preciso votar nos demais indicados:
Nomination 1 (opção 1): Iguaçu Waterfalls, Argentina/Brazil
Category (categoria): waterfall
Country (país): Brazil


Parque Nacional - As Cataratas fazem parte do Parque Nacional do Iguaçu, a maior reserva de floresta pluvial subtropical do mundo, tombado em 1986 pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade. O termo Iguaçu na língua guarani, deriva de ygu ("água", "rio") e asu ou açu ("grande"), significa literalmente "água grande", ou seja, rio de "grandes águas".


Formada a aproximadamente 150 milhões de anos, a área das Cataratas tem cerca de 275 quedas d’água, com uma altura superior a 70 metros ao longo de 2,7 km do Rio Iguaçu. A Garganta do Diabo é a maior, mais majestosa e impressionante de todas as quedas, em forma de "U" invertido com 150 metros de largura e 80 metros de altura.


Localizadas na fronteira entre Brasil e Argentina, as Cataratas atraem milhares de turistas todos os anos. A maioria das quedas d’água (também chamadas de saltos) fica em território argentino, mas é efetivamente do lado brasileiro que se obtêm os mais belos panoramas.


História - O primeiro homem branco a ver as quedas d’água foi o navegador espanhol Álvar Nuñez Cabeza de Vaca, em 1542. Também responsável pela conquista da Flórida, nos Estados Unidos, para os espanhóis, Cabeza de Vaca descobriu as Cataratas por acaso, quando procurava um caminho que o levasse a Assunção.


Quase quatro séculos depois, o fazendeiro uruguaio Jesus Val se gabava de ter as Cataratas no quintal de sua casa, astúcia que lhe custou caro. O aviador Santos Dumont fazia uma visita a então Vila Iguaçu, em 1916, e teria se revoltado com o fato de a região ter uma única pessoa como proprietária. Saiu de lá prometendo providências. E, coincidência ou não, fato é que três meses depois o governo brasileiro expropriou a área. Santos Dumont ganhou uma estátua de bronze em lugar de honra no Parque Nacional do Iguaçu, que seria criado somente em 1939.


Curiosidades - A frase "Pobre Niágara" foi exclamada pela primeira-dama dos Estados Unidos da América, Eleanor Roosevelt, ao contemplar as Cataratas do Iguaçu fazendo uma comparação com as Cataratas do Niágara, em sua visita ao Brasil. Na época das cheias, chegam a ser a 3.ª maior do mundo em volume de água.


A Lenda das Cataratas - O amor proibido de Naipi e Tarobá. Os índios caingangues, que habitavam as margens do rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por Mboi - um deus com forma de serpente e filho de Tupã. Igobi, o cacique da tribo, tinha uma filha, Naipi, tão bonita que as águas dos rios paravam quando a jovem índia nele se mirava. Devido a sua beleza, Naipi seria consagrada ao deus Mboi, passando a viver somente para seu culto.


Havia, porém, entre os caingangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá, que se apaixonou ao ver Naipi. No dia da festa de consagração da jovem índia, enquanto o pajé e os caciques bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá fugiu com a linda Naipi numa canoa que seguiu rio abaixo, arrastada pela correnteza.


Ao saber da fuga de Naipi e Tarobá, Mboi ficou furioso. Penetrou nas entranhas da terra, retorcendo o seu corpo e produzindo uma enorme fenda que formou a catarata gigantesca. Envolvidos pelas águas dessa imensa cachoeira, a piroga e os fugitivos caíram de uma grande altura desaparecendo para sempre.

Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas. Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.


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