Paraná

Caso PIC: policial e advogado se dizem inocentes

17 abr 2001 às 19:00

Terminam nesta quinta-feira os depoimentos de acusação sobre o atentado à sede da Promotoria de Investigações Criminais (PIC), ocorrido em 29 de dezembro do ano passado, em Curitiba. Nesta terça, o policial civil Mauro Canuto e do advogado Antônio Pellizzetti (apontados pelo Ministério Público como autores intelectuais do atentado) rebateram acusações contra eles. Agora, os advogados de Pellizzetti e Canuto pretendem arrolar testemunhas que inocentem seus clientes.

O depoimento foi feito à porta fechada e a imprensa teve acesso vetado pelo juiz Sérgio Rolanski, da 2ª Vara Criminal de Curitiba. Mas, o advogado de Pellizzetti, Antônio Figueiredo Bastos, disse que o seu cliente rebateu qualquer vinculação dele com o crime. Nas acusações feitas pela PIC, o advogado teria cedido o seu escritório para a elaboração do atentado. E Mário Canuto teria contratado os autores do crime. Ligações tlefônicas entre os envolvidos na véspera do atentado fazem parte de provas da PIC.


"O único vínculo de Pellizzetti com as pessoas envolvidas é que ele, como advogado criminal, defendeu essas pessoas", disse Antônio Figueiredo Bastos, acrescentando que os indiciamentos do advogado e do policial representam uma "arrogância desmedida" por parte da PIC. "Não há nenhuma prova que os ligue aos fatos. E niguém sabe o teor das ligações telefônicas", argumentou.


A partir de agora, os advogados dos dois acusados vão arrolar testemunhas que desmintam as testetmunhas de acusações. Eles têm ainda três dias utéis para apresentar os nomes, que devem ser intimados pela Justiça.

Além de Canuto e Pellizzetti, estão citados no processo o segundo-tenente da Polícia Militar Alberto Silva Santos, o sargento Ademir Leite Cavalcante, o discotecário Emerson Vieira (o "Pitt"), o taxista Alexsandro Ribeiro,(o "Magrão"), o segurança Marco Aurélio Pinho e o policial civil Edson Clementino da Silva,(o "Lambe-Lambe"), que trabalhava como funcionário de Canuto em sua lanchonete. Santos, Cavalcante, Magrão, Pitt e Lambe-Lambe permanecem presos. O discotecário e o segurança foram indiciados porque saberiam sobre o atentado.


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