O motorista de um chevete não viu uma procissão organizada pela igreja do Umbará e acabou atroplando 11 pessoas no início da noite de segunda-feira. Os atropelados passam bem. Os hospitais para onde eles foram encaminhados não deram maiores informações. O acidente ocorreu às 18:40, e o condutor do veículo, Getúlio Franco, de 50 anos, não possuía carteira de habilitação.
Depois do acidente, Franco fugiu sem prestar socorro. Ele estava acompanhado da esposa e de mais um passageiro. De acordo com o delegado Antônio Propiak, da Delegacia de Delitos de Trânsito, o atropelador deixou o local com medo de represálias. "Na procissão haviam umas 100 pessoas, e quando viram o acidente, começaram a gritar que iriam linchá-lo", contou.
Para Propiak, o acidente ocorreu por causa do mau estado do veículo, um Chevette placa ABN 7371. "Acho que havia um problema de freio, mas ele não revelou nada para a gente, dizendo apenas que não se lembrava bem de como o atropelamento ocorreu", disse. O veículo vai passar agora por uma perícia que vai constatar se havia problemas mecânicos. "Deve ser isso, já que no momento ele não estava embriagado e além disso não possui antecedentes", considerou. O delegado revelou que foram feitos seis testes de bafômetro e em todos deu negativo.
O delegado informou que está aguardando por alguma representação das vítimas para abrir o inquérito policial. "Precisamos da manifestação delas para enquadrá-lo no artigo 303 (de lesões corporais) do Código Brasileiro de Trânsito", esclareceu. A punição prevista para este caso é de detenção de seis meses a dois anos. "Porém como ele tem o agravante de dirigir sem carteira, pode ficar até quatro anos preso".