Paraná

Caminhoneiros prometem fechar praças de pedágio na segunda

27 dez 2002 às 16:11

O Fórum em Defesa dos Usuários das Rodovias Pedagiadas do Paraná decidiu nesta sexta-feira bloquear as 26 praças de pedágio do Estado na próxima segunda-feira. O protesto está marcado para começar às 14 horas e, segundo a liderança do movimento, não tem data para acabar.

"Nada mais justo que os afetados pelo aumento se manifestem. O governador Jaime Lerner é o único que neste momento tem o poder de evitar o reajuste, e queremos que ele faça isso", diz Acir Mezzadri, ex-deputado estadual do PMDB que se apresenta como um dos líderes do Fórum.


Mezzadri diz ter recebido de representantes da equipe de transição do governador eleito, Roberto Requião (PMDB), a garantia de que as tarifas serão revistas em 2003. Segundo o ex-deputado, a equipe de transição tem em mãos um estudo técnico elaborado durante a campanha e detalhado após 27 de outubro para a redução das tarifas. Mezzadri afirma desconhecer detalhes do documento.


O Fórum, movimento liderado por políticos de oposição ao governo Jaime Lerner (PFL), foi criado após o protesto que paralisou por 12 horas o tráfego na praça de pedágio de São Luiz do Purunã, no trecho da BR-277 entre Curitiba e Ponta Grossa, no início de dezembro.


O Fórum, que ainda não existe legalmente, tem segundo Mezzadri apoio de entidades representativas do setor de transportes, como o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar).


Polícia Militar - Lerner disse nesta quinta-feira que voltou atrás na decisão de utilizar a PM para forçar as concessionárias a retomarem os preços anteriores ao aumento para evitar "tumultos e o uso político da situação pela oposição".


Diretores das seis concessionárias que exploram mais de 2,1 mil quilômetros de rodovias no Paranã estão reunidos nesta sexta-feira em Curitiba para discutir a multa diária imposta pelo Governo como sanção ao reajuste.

As empresas dizem ter amparo legal para aumentar as tarifas - os contratos de concessão prevêem reajuste anuais no dia 1º de dezembro. O Palácio Iguaçu entende que o aumento é ilegal, por não ter sido autorizado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER).


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