Os caminhoneiros encerraram o protesto na praça de pedágio da BR-369, em Arapongas (região metropolitana de Londrina), por volta das 13h30 desta sexta-feira (24). Durante a manifestação, que teve início às 8h, os motoristas estacionaram os seus veículos no acostamento da rodovia e impediram o tráfego de caminhões no local. Apenas carros, motocicletas, ônibus, vans e ambulâncias tiveram permissão para continuar viagem durante o protesto. As informações foram confirmadas ao Bonde pelo inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Sérgio Oliveira.
Ele lembrou que os caminhoneiros também protestaram na praça de pedágio durante a tarde de quinta-feira (23). Ainda conforme o policial, a PRF registrou apenas mais um protesto na região norte do Paraná entre ontem e hoje. "Os caminhoneiros chegaram a bloquear trecho da BR-376 localizado nas proximidades de Marialva durante a tarde de quinta-feira, mas a manifestação não voltou a acontecer nesta sexta", informou.
Outros bloqueios
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), havia interdições parciais em outras partes do Estado até as 16h de hoje. Confira os locais: PR-092, km 27, em Itaperuçu (Região Metropolitana de Curitiba); PR-487, km 296, em Manoel Ribas (146 km ao sul de Apucarana); PR-182, km 460, em Realeza (75 km a oeste de Francisco Beltrão); PR-280, km 175, em Clevelândia (43 km a leste de Pato Branco), PR-466, km 100, em Jardim Alegre e PR-466, km 180, em Pitanga.
Também há protestos em rodovias federais: BR-163, km 7, em Barracão e BR-467, km 71, em Toledo. Os caminhoneiros direcionam os veículos de carga para um posto de combustíveis, evitando o bloqueio da pista. Na BR-277, km 452, em Laranjeiras do Sul, os trabalhadores que transportam carga viva e perecíveis estão sendo liberados.
Segundo a PRF, as decisões da Justiça Federal que estabelecem multas de até R$ 50 mil por hora a cada manifestante que se recusar a liberar pistas continuam valendo. Quem desobedecer será encaminhado à Justiça.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda informa que está com problemas no canal telefônico de emergência (191) desde a madrugada de hoje. A unidade técnica responsável está trabalhando para normalizar a situação o mais rápido possível.
A falta de aprovação da tabela de fretes motivou a nova paralisação no Estado. Conforme prometido ontem, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou uma resolução na edição do Diário Oficial da União de hoje, cujo texto institui o procedimento para elaboração da tabela que servirá de referência.
Os estudos que definirão os valores serão discutidos em audiência pública. A publicação, no entanto, será feita após consulta aos ministérios dos Transportes, da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os parâmetros de referência, que terão vigência de 12 meses, serão revistos anualmente.
(Com Agência Brasil/colaborou Guilherme Batista/Equipe Bonde). (Atualizado às 15h15).