O sistema de abastecimento e saneamento de Curitiba vai ser investigado pela Câmara Municipal da cidade. Uma comissão de investigação foi criada para saber como está a qualidade de água consumida na Capital e da coleta e tratamento de esgoto.
Também serão investigadas as obras executadas pelo programa Paraná Saneamento (Paranasan), que prevê a ampliação da rede de abastecimento e tratamento de efluentes nos próximos dois anos.
De acordo com a vereadora petista, Clair da Flora Martins, presidente da comissão, diariamente a Câmara Municipal recebe queixas de moradores reclamando da qualidade de água e da falta de rede de esgoto. Também há queixas quanto a execução das obras do Paranasan, que estariam sendo custeadas em parte pelos contribuintes.
Para rebater essas críticas, os vereadores convocaram o presidente da Sanepar, Carlos Afonso Teixeira de Freitas. Oficialmente, Teixeira de Freitas não foi comunicado, mas a assessoria de imprensa da empresa, informou que ele poderá ir para explicar que as condições de saneamento e abastecimento são melhores que a média nacional.
Segundo a assessoria da Sanepar, Curitiba coleta 62,05% do esgoto que gera, porém processa apenas 50,58% do total gerado. O restante é despejado sem tratamento em rios ou fossas. O setor de comunicação do órgão frisa que a média nacional de coleta é de 37,7%, por isso a cidade estaria apresentando um bom resultado. Também foi destacado pela empresa que 99,7% das casas legalizadas recebem água tratada, quando a a média nacional é de 92,7%.
Quanto ao Paranasan, a Sanepar disse que o programa vai permitir que Curitiba amplie a abrangência da coleta de esgoto na Capital para 90% de efluentes recolhidos e tratados. A previsão é que as obras encerrem em 2.003.
O resultado da comissão deve ser concluído em 90 dias. A previsão é que depois dessa data se implante uma Agência Municipal de Esgoto, que vai controlar o trabalho da Sanepar na cidade.