Ficou para esta quarta-feira (11) a votação do projeto de lei que multa em R$ 185 os "fura-catracas" na Câmara Municipal de Curitiba. Ontem, a Guarda Municipal foi chamada para separar os membros do Movimento Passe Livre e do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus que trocaram acusações nos corredores e ameaçaram se enfrentar durante a sessão. Foi a segunda tentativa frustrada de votar o projeto que prevê multa os invasores.
A proposta do vereador Rogério Campos (PSC) é punir os "fura-catracas" com valor equivalente a 50 passagens, o que atualmente daria R$ 185, dobrada em caso de reincidência. Se o infrator tiver menos que 18 anos, o pagamento caberia a seus responsáveis.
O número dos fura-catracas na capital paranaense cresceu 17,8% em pouco mais de meio ano, segundo novo levantamento feito pelas empresas de ônibus. Foram 3.831 invasores por dia durante a semana de 14 a 20 de março deste ano em todas as 342 estações-tubo da cidade das 5 à 0h30. A pesquisa anterior, realizada em agosto do ano passado, teve média diária de 3.252 invasões.
O prejuízo é calculado em em cerca de R$ 400 mil mensais ou R$ 4,5 milhões por ano. "Isso equivale à aquisição de um ônibus por mês ou 4 biarticulados em um ano", disse o diretor-executivo das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região metropolitana, Luiz Alberto Lenz César.
Alvos
A estação-tubo mais invadida foi a da praça Carlos Gomes, no centro da cidade, com 1.750 em 7 dias, média diária de 250. Na sequência ficou a estação do Passeio Público, a campeã da última pesquisa, com 1.206 invasões, média de 172 por dia – abaixo das 208 do ano passado. A URBs, empresa que gerencia o transporte coletivo em Curitiba, instalou câmeras nas estações tubo, pediu reforço no patrulhamento e as empresas estudam contratar seguranças particulares. (Com informações da repórter Chris Beller, especial para o Grupo Folha)