Paraná

Câmara acusa alunos de estragar cadeiras

03 jul 2003 às 19:08

Estudantes secundaristas são acusados pelo diretor geral da Câmara de Vereadores de Maringá, Nereu Vidal Cézar, de promover estragos no plenário do Legislativo na manhã desta quinta-feira.

Segundo ele, cerca de 300 estudantes que participaram de um ato comemorativo dos 45 anos de criação da União Maringaense de Estudantes Secundarists (Umes), cortaram com estiletes os revestimentos dos braços de 49 cadeiras e jogaram um microfone de uma mesa de um vereador no jardim externo da Câmara. O prejuízo está estimado em cerca de R$ 2 mil. A denúncia contra os estudantes foi registrada na 9ª Subdivisão Policial de Maringá.


Conforme Vidal Cézar, é rotina da Câmara ceder o plenário do Legislativo para entidades e instituições que desejam promover alguma reunião ou ato comemorativo. Com a Umes, segundo ele, não foi diferente. Segundo ele, cerca de 300 alunos e ex-dirigentes da entidade ficaram no plenário das 8 às 10 horas. Dois seguranças permaneceram nas duas entradas do plenário, mas conforme o diretor, não viram quando os estudantes danificaram as cadeiras. ''É difícil ver mesmo porque os estragos foram feitos na parte debaixo das cadeiras com estiletes'', disse.


Ele lamentou a atitude dos estudantes e disse que a Câmara vai exigir o ressarcimento dos responsáveis pelos estragos. ''É lamentável porque, afinal, se eles não pagam, os pais deles com certeza ajudam a pagar o que a Câmara de Vereadores tem'', disse.


O presidente da Umes, Carlos Eduardo Rodrigues Bonfim, 24 anos, nega que os estudantes tenham causado estragos na Câmara. ''Com certeza foi alguém que estava infiltrado no nosso movimento'', argumentou. Segundo ele, os estudantes se comportaram de maneira ordeira e não tinham motivo para danificar as cadeiras da Câmara. Ele disse ainda que os estudantes ficaram no plenário por cerca de 45 minutos e que no final do ato comemorativo os próprios participantes fizeram uma espécie de arrastão de limpeza para não deixar nenhuma sujeira no local.

''Eu mesmo olhei tudo antes de sair para não deixar nenhum papel e não vi nenhuma cadeira danificada'', afirmou. Bonfim disse ainda que os estudantes são conscientes da necessidade de preservação do patrimônio público.


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