Paraguaios e brasileiros realizaram protestos na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu (Oeste do Paraná) a Ciudad del Este, no país vizinho, na manhã desta segunda-feira (27). Em ambos os lados da ponte, os manifestantes mostravam descontentamento com o rigor na fiscalização na fronteira entre os países.
Os protestos começaram do lado paraguaio, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Receita Federal (RFB). Os manifestantes fecharam a ponte na altura da aduana paraguaia e reclamavam do rigor na fiscalização de produtos brasileiros que entram no Paraguai e pediam aumento na quantidade limite de produtos que circulam de um lado a outro da fronteira. Eles pediam, segundo a PRF, que o governo paraguaio aumentasse de R$ 150 para R$ 1 mil o limite.
Com o fechamento da ponte, o sentido Brasil-Paraguai ficou totalmente bloqueado. Por volta das 8h30, cerca de 200 brasileiros também fecharam a ponte. No caso, os manifestantes reclamavam que o rigor na fiscalização, feito nas operações Ágata e Fronteira Blindada, estaria prejudicando o comércio em Foz do Iguaçu.
Participaram do protesto no lado brasileiro taxistas e mototaxistas. Segundo a PRF, as abordagens mais freqüentes teriam provocado demissões e problemas no comércio local. Com os bloqueios, foi registrado congestionamento em ambos os lados da Ponte da Amizade. Somente por volta das 12h45 os dois lados foram liberados.
Mesmo com a liberação, segundo a RF, ainda havia lentidão no fluxo nos dois extremos da ponte. Do lado paraguaio o congestionamento era mais intenso porque, segundo a RF, os protestos ainda continuavam.