A metade dos carros ilegais que circulam no departamento (equivalente a estado) de Alto Paraná está nas mãos dos ""brasiguaios"" que vivem na região. Em Ciudad del Este, capital do departamento, pelos menos 50% dos 1.300 veículos já recadastrados e com suspeita de irregularidade se enquadram nesta estimativa.
Os dados foram levantados pelo Registro Nacional de Automotores da cidade vizinha a Foz do Iguaçu, órgão que está seguindo as determinações da Lei 608, criada pelo deputado federal Eduardo Venialgo há cinco anos e posta em prática somente em outubro do ano passado. Ela vale para carros fabricados até 1999 e permite que qualquer pessoa faça um registro provisório em seu nome, mesmo que não comprove que é dono do veículo.
Estimativas do órgão ampliaram de 350 mil para 460 mil o número de carros possivelmente ilegais no Paraguai.
O processo de ""legalização"" começa pelo preenchimento de três formulários que custam 49 mil guaranis (cerca de R$ 27,00) e encerra no registro final, gravação do chassi e emplacamento, totalizando R$ 108,00.
Em todo o Brasil, são roubados cerca de 30 mil carros todos os meses. O Paraná está em quarto lugar no ranking de furtos e roubos, com pouco mais de 700 veículos/mês. Disparado em primeiro lugar está São Paulo, com 20 mil carros roubados mensalmente, seguido do Rio (3,3 mil) e Minas Gerais (1,2 mil).
* Leia mais em reportagem de Emerson Dias na edição da Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado