A BR-277 continua interditada na altura do quilômetro 44 no trecho Paranaguá-Curitiba. Máquinas e um caminhão pipa trabalham para remover uma barreira. A Defesa Civil informa que a Ecovia, concessionária que administra o trecho, prevê liberar uma das faixas para a subida à capital até as 20 horas. "Mas há risco de novos deslizamentos", afirma o chefe da Defesa Civil do Paraná, capitão Éveron César Puchetti Ferreira.
Apenas uma das quatro faixas está aberta para o tráfego no km 44 da BR-277. A passagem está sendo alternada entre os dois sentidos. As filas de veículos chegavam a 500 metros.
A reportagem da Folha de Londrina percorreu a BR-277 entre Curitiba e Paranaguá no início da tarde e constatou que havia várias quedas de barreiras ao longo da rodovia.
Em Morretes, o transbordamento do Rio Inhundiaquara deixou 1,5 mil pessoas desabrigadas em Morretes. Segundo a Defesa Civil, 500 casas tiveram de ser desocupadas. A situação pode piorar, já que voltou a chover forte na região por volta das 16h30. A prefeitura de Morretes declarou situação de emergência.
Quatorze bairros foram atingidos pelo alagamento. O transbordamento do Rio Inhundiaquara atingiu também o Centro histórico da cidade. No bairro Anhanha, um dos mais atingidos, a água chegou até o teto das casas.
Os desabrigados estão sendo alojados na casa de parentes ou nas duas escolas do município. Por volta das 16h30, 53 pessoas estavam no Colégio Rocha Pombo e 21 no Colégio Vila das Palmeiras. O coordenador estadual da Defesa Civil, capitão Anselmo José de Oliveira, está em Morretes. Dezoito homens da Defesa Civil trabalham no município, além de soldados do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.
A chuva também prejudicou a PR-408, que liga Morretes à BR-277. A defensa da ponte sobre o Rio do Pinto, que transbordou, foi derrubada. A estrada, que está sob a responsabilidade da Ecovia, estava liberada apenas para veículos leves.
Nos demais municípios do Litoral, a Defesa Civil registra apenas pontos isolados de alagamento. "A situação é tranquila", afirma o chefe da Defesa Civil.
Na Grande Curitiba, a Defesa Civil registra pontos isolados de alagamento. "O Corpo de Bombeiros não recebeu pedidos de resgate de pessoas presas em alagamento. É provável que eles tenham ocorrido, mas que os moradores tenham saído por conta própria para as casas de vizinhos ou parentes", afirma o capitão Puchetti.
Na Barreirinha, zona Norte de Curitiba, três casas estariam sob risco de desabamento, segundo moradores. A Defesa Civil do município foi acionada.