Bento Cego é nome de rua de uns poucos metros em Curitiba e tem um busto na Câmara Municipal de Antonina. Terminaram aí os registros do personagem nascido em Antonina e considerado o primeiro poeta e cantador popular paranaense. Sua história quase se perdeu no tempo, não fosse o trabalho de alguns pesquisadores, entre eles Nestor de Castro, cuja obra foi essencial para a realização do filme curta-metragem "Bento Cego", de Paulo José Friebe e Geraldo Pioli, que terá sua estréia hoje, às 21 horas, na Cinemateca de Curitiba.
O músico Carrigo, violeiro tamém nascido em Antonina, vive o poeta na tela. Bento Cego, filho de lavradores humildes, deixou a família aos 15 anos e saiu pelo mundo amparado unicamente no seu talento de violeiro e repentista. Cantava nos povoados por onde passava e, pelo que ficou registrado, jamais foi superado em sua arte.
Da pequena cidade litorânea seguiu para São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Errante, viveu da poesia e da música e quando morreu, aos 75 anos de idade, estava na cidade de Cajuru, em São Paulo. Como sempre desfiando seus versos, numa peleja com três jovens cantadores.
Serviço: Estréia do curta-metragem "Bento Cego", hoje, às 21 horas, em única exibição, na Cinemateca de Curitiba (Rua Carlos Cavalcanti, 1174).